O fim do mês :)

Se há coisa que não apreciamos particularmente fazer é ir às compras. Então no final do mês fugimos, sempre que possível, de tudo o que eventualmente se possa assemelhar a um hipermercado. É que o fim do mês sobe mesmo à cabecita das donas-de-casa e é vê-las loucas e possessivas à volta das promoções e das ofertas. O problema é que no meio da febre súbita de consumo que expressões como "Grátis", "Oferta", "Pague 2 e leve 3", "Experimente já" ou "Metade do preço" causam as ditas senhoras, elas parecem esquecer que ninguém dá nada a ninguém. As ditas "ofertas" são apenas manobras de publicidade, cujo único intuito é vender, vender, vender! Sim, porque quem compra uma vez a "metade do preço", depois compra dez vezes a preço normal ou, pior, mais caro do que era antes da promoção. Mas todos caímos na esparrela! Todos mesmo! E lá andamos com os carrinhos cheios de tralha que não precisamos ou em quantidades que não precisamos.

Outra coisa gira no fim do mês são as listinhas de compras. Pequenos papéis amarrotados, dobrados nos bolsos de trás das calças, escritos normalmente 10 minutos antes de se sair para o hipermercado. Bem, isto é o que nós fazemos! Mas acreditamos que há quem leve esta tarefa muito a sério e vá elaborando a dita lista ao longo dos dias, naquelas listinhas giras onde já estão os produtos e só temos que assinalar o que nos falta. O problema é que ninguém respeita a lista. Seja porque entretanto se lembrou de mais umas coisas que se esqueceu de apontar, seja por causa das ditas promoções ou ainda porque muitas vezes sofremos do síndrome de "comprar tudo o que aparece à frente"!
O assustador desta realidade não é o que as pessoas gastam quando podem. É o que gastam quando não podem! Sim, sabemos bem que o "Tio Belmiro" e todos os outros "Tios" deste país agradecem que nos endividemos até aos olhos, mas o que ganhamos de qualidade de vida com os "bens essenciais" que adquirimos, perdemo-lo logo a seguir com as noites em branco a fazer contas ou as horas intermináveis no escritório porque é preciso pagar as contas.
O nosso conselho, que naturalmente vale o que vale, é que sejam felizes com o que têm! E já agora não se passem na fila do supermercado... ela não vai andar mais depressa por isso!

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