Fada do lar

Momento de confissão em directo na internet para o mundo inteiro (pelo menos a metade que fala Português ou até Castelhano) ficar a saber: eu, Rita, não sou uma fada do lar!
"Prontos", está dito! E confesso que até sinto um certo alívio. Senão pensem lá um pouco comigo: as mulheres são tipicamente criadas (só o termo aqui até assusta, é melhor trocar!), ou melhor, educadas para fazerem tudo em casa. Depois disso, ensinam-nos que temos que fazer tudo e fazer tudo bem. Temos que ter uma carreira, ser inteligentes, elegantes e bonitas, arranjar um marido, ter filhos e ainda - agora sim o meu calcanhar de Aquiles - ter a casa sempre impecável.
Pois chegou a hora da minha rendição às mais evidentes das evidências. Eu esforço-me, eu tento, eu quero, mas não consigo ter tempo para fazer tudo. Não que não saiba, mas entre uma carreira no início, um horário de trabalho louco e a minha educação académica que não parei depois da Universidade, alguma coisa tem que ficar para trás.
Ora pois fica a roupa para passar, os jornais velhos por deitar fora e a cama por fazer. A verdade é que isto me tem andado a pesar na consciência, principalmente quando a consciência (a Mãe) vem cá a casa e faz aqueles comentários fantásticos do género "até parece que foste criada (outra vez a palavra fatídica!) assim", "não foi isto que eu te ensinei" e por aí fora.
Às vezes dou por mim a olhar para o Alexandre, acho que à espera daquele olhar reprovador que nos disseram que todos os homens teriam se a sopa não estivesse a horas na mesa e as camisas passadas e vincadas e arrumadinhas por cores no armário. Não fôssemos nós este espécime raro e eu estava bem arranjada! LOL

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